Se isolar não é o melhor remédio
Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.Hebreus 12:15
Havia numa floresta alguns porcos-espinhos que viviam juntos. Comiam,
bebiam, passeavam, e em alguns momentos brincavam e se divertiam juntos. Um dos
porcos; cansado das espetadas que eram comuns entre eles, resolveu se afastar
do grupo. Pensava ele consigo o seguinte: Já não aguento mais viver levando
esses golpes dos espinhos dos meus companheiros, então vou me afastar do grupo
e assim estarei livre dos golpes. Então ele se afastou e morreu com o frio do
forte inverno.
Segundo alguns estudiosos do reino animal, na ponta de cada espinho
existe por natureza, um certo anti-flamatório que produz a cura para as feridas
causadas pelos golpes. Algumas pessoas são como porcos espinhos. Umas dão
golpes que causam feridas que deixam cicatrizes que nem mesmo o tempo consegue
apagar. Outras preferem se afastar e morrem isoladas.
Mas o que fazer então para se livrar dos golpes?
Diferentes dos espinhos dos porcos, os espinhos usados pelas
pessoas-espinhas não possuem anti-flamatório. Contudo não vale a pena se
afastar. Infelizmente temos que conviver com a situação.
Também não vale a pena nem é sábio se tornar um porco espinho e assim
se assemelhar aqueles que põem a mão no nosso ombro, nos chamam de amigos, nos
abraçam, e em seguida usam seus espinhos inflamados, para nos golpearem
causando feridas dolorosas. Embora não deva ser o nosso desejo, mas o melhor remédio é esperar que a semente plantada
por elas, floresçam e chegue a hora da colheita. Muitas vezes somos confrontados com tantas coisas que nos ferem, tantas agulhadas e pedradas atiradas pelos nossos próprios irmãos dentro da igreja; mas devemos tomar cuidado para que essas pedradas e agulhadas não plantem dentro de nós raízes de amargura que nos perturbem fazendo-nos parar na caminhada. Devemos também estarmos atentos para ao invés de carregarmos alimento em nossas bagagens, levarmos pedras e espinhos com os quais ferimos nossos irmãos.
Já viajei bastante. Conheci vários lugares, ouvi e contei história. Em
nenhuma das histórias que ouvi e vivi, conheci alguém que plantou arroz e
colheu feijão. Se você conhece alguém que plantou laranja e colheu morango,
avisa pra mim. Faço questão de viajar qualquer distância que seja para
conhecê-la também.
Dizem os mais antigos o seguinte: Quem planta vento colhe tempestade.
Pessoas de espírito elevado não perde tempo plantando vento. Não vale a pena
ser falso. O verdadeiro tem mais valor.
Judas pagou caro traindo o Mestre com um beijo. Não faça você o mesmo.
Não bata nas costas, não diga te amo, não esforce um sorriso sem que nada disso
venha do coração. Não vale a pena ser falso amigo. Cada ação nossa é registrada
num livro e o tempo se encarrega de nos dá o troco. Antes de agir com
falsidade, falando mal daquele que acredita em você; pense nas consequências.
Pense no futuro, lembre do preço pago por aquele que beijou o Mestre.
Por Adamastor Rocha
Se isolar não é o melhor remédio.
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