sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Se isolar não é o melhor remédio


Se isolar não é o melhor remédio


Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.Hebreus 12:15
Havia numa floresta alguns porcos-espinhos que viviam juntos. Comiam, bebiam, passeavam, e em alguns momentos brincavam e se divertiam juntos. Um dos porcos; cansado das espetadas que eram comuns entre eles, resolveu se afastar do grupo. Pensava ele consigo o seguinte: Já não aguento mais viver levando esses golpes dos espinhos dos meus companheiros, então vou me afastar do grupo e assim estarei livre dos golpes. Então ele se afastou e morreu com o frio do forte inverno.
Segundo alguns estudiosos do reino animal, na ponta de cada espinho existe por natureza, um certo anti-flamatório que produz a cura para as feridas causadas pelos golpes. Algumas pessoas são como porcos espinhos. Umas dão golpes que causam feridas que deixam cicatrizes que nem mesmo o tempo consegue apagar. Outras preferem se afastar e morrem isoladas.
Mas o que fazer então para se livrar dos golpes?
Diferentes dos espinhos dos porcos, os espinhos usados pelas pessoas-espinhas não possuem anti-flamatório. Contudo não vale a pena se afastar. Infelizmente temos que conviver com a situação.
Também não vale a pena nem é sábio se tornar um porco espinho e assim se assemelhar aqueles que põem a mão no nosso ombro, nos chamam de amigos, nos abraçam, e em seguida usam seus espinhos inflamados, para nos golpearem causando feridas dolorosas. Embora não deva ser o nosso desejo, mas o melhor remédio é esperar que a semente plantada por elas, floresçam e chegue a hora da colheita. Muitas vezes somos confrontados com tantas coisas que nos ferem, tantas agulhadas e pedradas atiradas pelos nossos próprios irmãos dentro da igreja;  mas devemos tomar cuidado para que essas pedradas e agulhadas não plantem dentro de nós raízes de amargura que nos perturbem fazendo-nos parar na caminhada. Devemos também estarmos atentos para ao invés de carregarmos alimento em nossas bagagens, levarmos pedras e espinhos com os quais ferimos nossos irmãos.

Já viajei bastante. Conheci vários lugares, ouvi e contei história. Em nenhuma das histórias que ouvi e vivi, conheci alguém que plantou arroz e colheu feijão. Se você conhece alguém que plantou laranja e colheu morango, avisa pra mim. Faço questão de viajar qualquer distância que seja para conhecê-la também.
Dizem os mais antigos o seguinte: Quem planta vento colhe tempestade. Pessoas de espírito elevado não perde tempo plantando vento. Não vale a pena ser falso. O verdadeiro tem mais valor.
Judas pagou caro traindo o Mestre com um beijo. Não faça você o mesmo. Não bata nas costas, não diga te amo, não esforce um sorriso sem que nada disso venha do coração. Não vale a pena ser falso amigo. Cada ação nossa é registrada num livro e o tempo se encarrega de nos dá o troco. Antes de agir com falsidade, falando mal daquele que acredita em você; pense nas consequências. Pense no futuro, lembre do preço pago por aquele que beijou o Mestre.

Por Adamastor Rocha





Se isolar não é o melhor remédio.

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