sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Não maltrate seu companheiro


O Homem e seu fiel companheiro



Certo homem precisou fazer uma viagem. Seu único meio de transporte era um burrinho que já o acompanhava há muito tempo por onde quer que fosse. Acordou cedinho, arrumou duas malas que ficaram bem pesadas, colocou sobre as costas do seu companheiro, subiu nas costas do seu companheiro fiel e assim iniciou sua longa viagem. Ainda era de madrugada e o sol nem havia nascido. Por volta das seis da manhã, ele parou, tomou um café e logo seguiu. Às dez horas da manhã já havia viajado longa distância, mas nem estava ainda na metade do percurso. Às três horas da tarde; sob um sol escaldante, o seu fiel companheiro se mostrava cansado e já não conseguia andar tão rápido. O homem ingrato, nem sequer lembrou que não havia alimentado o seu amigo fiel, companheiro de longas datas. Então quando o burrinho parou sem conseguir andar de tão cansado, o homem pegou um chicote e começou a bater no burrinho. Bateu, bateu e o burrinho apenas baixava a cabeça. Por fim o jumentinho parou e agora já não conseguia mais seguir viagem. O homem então resolveu cavar um buraco, empurrou o amigo fiel pra dentro e começou a jogar terra sobre as costas do burrinho indefeso. Mas uma coisa aconteceu. Cada vez que ele jogava terra nas costas do seu companheiro, o animal sacudia a poeira, essa caia ao chão e o burrinho pisava sobre ela. O homem jogava a terra, o jumentinho sacudia pra um lado e pra o outro e e cada vez que isso acontecia, o jumentinho ia subindo, subindo, subindo até que saiu de dentro do buraco. Agora era o homem que estava cansado pelo esforço bruto, e não pode seguir viagem. Ali passou a noite sob o sereno, e o perigo da deserta estrada. O animal, com fome saiu para procurar alimento. Um viajante de bom coração vendo que ele estava sujo e faminto, cuidou de suas feridas, o alimentou e o levou consigo.
Conseguiu entender a mensagem? Não?
Tenho que te explicar então.
Não haja como o homem que maltratou aquele pobre jumento, companheiro fiel de longas jornadas.
Alimente suas amizades, com boas ações, afeto e sinceridade. 





Não seja um peso para seu companheiro. 

Não jogue terra nas costas daquele que você chama de amigo. Não pense apenas em você. Não dê chicotadas nas costas. Você pode precisar dele nas longas jornadas da vida.
Mas se você é o jumentinho desta história, haja como tal. Ao te jogarem pedras, construa com cada um delas um castelo, faça delas a sua fortaleza. Se a amizade é para você uma corda que te aperta o pescoço; antes que o nó te sufoque, rompe o laço e segue teu caminho. Você nunca estará sozinho, há sempre alguém de bom coração com que poderá contar. Mas se tiver que seguir sozinho, segue sem medo. Melhor é andar sozinho do que mal acompanhado.


Adamastor Rocha - 11 de julho de 2012.


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